A atividade agrícola no estado, atualmente, utiliza métodos modernos, em grande parte com mecanização nas lavouras de soja e outras tecnologias. Destacam-se as culturas de soja, arroz, trigo, milho, sorgo, feijão, mandioca, algodão, café, amendoim e cana-de-açúcar, que é uma das culturas que mais vem crescendo no estado. Nos municípios de Sidrolândia e Maracaju estão instaladas usinas de etanol. Os municípios da região centro-norte destacam-se pela cultura do milho e da soja.
O estado do Mato Grosso do Sul se destaca atualmente com a alta produtividade obtida com a mecanização e a tecnologia empregadas nas lavouras de grãos. Colheita de soja na área rural de Costa Rica (MS)
Agroindústria é o nome dado à atividade econômica que usa tecnologia para melhorar a produção e transformar e industrializar esses produtos, com o objetivo de comercializá-lo em grande escala. Geralmente se instalam no campo, próximas de onde é produzida a matéria-prima. Um exemplo são as indústrias sucroalcooleiras do estado, que ficam próximas às regiões produtoras da matéria-prima, a cana. É uma atividade do setor secundário, porém realizada no espaço rural.
Agroindústria sucroalcooleira – Usina São Fernando, a 20 km da zona urbana de Dourados (MS).
As primeiras cabeças de gado bovino e equino estão presentes no estado desde o século XVI, quando jesuítas espanhóis dirigiam reduções indígenas no sul do Mato Grosso, conhecida como Itatim, mas com a destruição dos aldeamentos pelos bandeirantes paulistas, em 1659, os indígenas foram levados como escravos e o gado bovino e equino ficou disperso na região.
Maquete representando como eram as reduções jesuíticas do Itatim (MS), exposta no Museu de História do Pantanal, localizado em Porto Geral – Corumbá (MS).
Depois, muitas cabeças de gado vieram da Bahia e São Paulo para abastecer as minas e a população que vivia em torno delas. Assim prosperou a criação de gado, atividade realizada pelos donos das terras.
Quando a mineração se extinguiu, a criação de gado foi a atividade que mais se desenvolveu na província do Mato Grosso e estes passaram a ser criados mais ao sul, onde as terras eram boas para pastagens. No final do século XIX, iniciou-se o abate industrial de bovinos para a produção de charque, como faziam no Rio Grande do Sul, e a comercialização do couro in natura. Assim foram criadas charqueadas em Corumbá, região pantaneira, e em Porto Murtinho, onde estava instalado o Saladero Cuê, fábrica de propriedade do uruguaio José Grosso de Ledesma, que beneficiava a carne em charque, no apogeu das riquezas geradas pela erva-mate, charque e tanino.
Atualmente, a criação de gado bovino é a principal atividade econômica do Pantanal, com rebanho em torno de 3 milhões de cabeças. A região é muito propícia para a pecuária devido às pastagens naturais e de planície.
Além da produção de carne, a região ainda lucra com leite, couro e pele, abastecendo tanto o mercado local, quanto o mercado consumidor de outras regiões brasileiras. Além do gado bovino, há também grandes criações de suínos, ovinos, equinos e principalmente de galináceos no estado.
Na temporada das cheias periódicas no Pantanal, quando os rios sobem e o gado bovino precisa ser transferido para áreas mais altas, “as cordilheiras”, são dias de muito trabalho para os peões pantaneiros. Depois de quatro meses, quando o pantanal estiver seco, o gado voltará. É um ciclo que se renova. Isso é muito importante para o ecossistema pantaneiro. Comitiva de gado tocada por peões pantaneiros. Corumbá (MS).
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